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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

PERNAMBUCO ENDIVIDADO

Pernambuco registra recorde de famílias endividadas e percentual chega a 80,4%

Oito em cada dez pernambucanos anunciaram que possuem dívidas em janeiro



De acordo com a Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), o pernambucano nunca esteve tão endividado como apontou o último levantamento realizado. De forma mensal, os dados são colhidos pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e tem seu recorte regional realizado pela Fecomércio-PE. 

Esses números têm como objetivo traçar um perfil do endividamento, acompanhando o nível de comprometimento do consumidor com dívidas e a disponibilidade e proatividade em relação à capacidade de quitação.  

Com variação de apenas 0,4 pontos percentuais, as famílias que se declararam endividadas atingiu 80,4%, o que se tornou o maior percentual desde setembro de 2021, quando chegou em 80,9%.  

Segundo o economista Ademilson Saraiva, da assessoria econômica da Fecomércio/PE, a pandemia e o que ela trouxe de consequências sobre os negócios e os empregos, sem dúvida, é um fator relevante para tamanha inadimplência.  

“Ao longo de 2020 e 2021, os ciclos de paralização e adequação das atividades refletiram diretamente no faturamento das empresas e na capacidade de superação da crise provocada pela necessidade do isolamento social e afastamento das pessoas do ambiente de trabalho. Esse movimento teve desdobramento, por um lado, sobre a oferta, especialmente na indústria de alimentos, e também sobre a demanda, visto que com mais pessoas em casa, houve aumento no consumo de alimentos dentro do lar e de equipamentos domésticos. Além disso, ao longo do ano passado, o país passou a sofre os impactos da crise nas hidrelétricas (aumentando o preço da energia) e com o aumento do preço dos combustíveis. Essa conjuntura conduziu a um aumento substancial do nível de preços ao consumidor, reduzindo o poder de compra e, consequentemente, forçando as famílias a elevar o endividamento, através de vetores como o cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal, para complementar a renda domiciliar.”, analisa o economista 

Sem saber ao certo se terá uma redução nos próximos meses, Ademilson alerta que a expectativa ainda é de um percentual de endividamento elevado. “Gastos extras aos quais as famílias estão submetidas nesse momento, como as despesas tributárias (IPTU, IPVA e outras taxas) e volta das atividades escolares.”, devem ser os principais fatores para esse novo número. 

Por Júlio Aquino

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