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sexta-feira, 17 de março de 2023

SPORT - TENTANDO SUSPENDER O LEILÃO

Jurídico do Sport apresenta recurso para suspender leilão de sede da Ilha do Retiro

Rodrigo Guedes, vice-presidente jurídico do Sport (Foto: Rafael Bandeira/SCR)


Rodrigo Guedes, vice-presidente jurídico do Leão, afirmou que o clube já quitou algumas dívidas e está trabalhando para reverter a situação


Após a Justiça Federal marcar, para os dias 28 e 30 de março, o leilão da sede da Ilha do Retiro, por conta de nove processos contra o clube, o Sport tenta reverter a situação. Foi isso que garantiu o vice-presidente jurídico rubro-negro, Rodrigo Guedes, que afirmou que a equipe trabalha na sua Defesa e que o clube entrou com pedido para que o leilão seja suspenso, já que, segundo ele, a diretoria leonina já quitou alguns desses débitos e negocia com os demais credores.

“Já apresentamos a nossa Defesa, apresentamos um recurso ao Tribunal, que vai ser avaliado, para tentar suspender o leilão, até para mostrar que o Sport está quitando seus débitos. O clube tem buscado várias soluções, o clube não está parado. O presidente Yuri Romão está sempre na ativa buscando receitas e valores novos para continuar honrando e trazendo credibilidade ao clube”, garantiu Rodrigo Guedes.

Processos trabalhistas

De acordo com Rodrigo Guedes, o leilão foi marcado por conta de nove processos que correm atualmente contra o Sport na Justiça. Dentre eles, são cinco trabalhistas, três fiscais e um cível. Segundo ele, dos processos trabalhistas, três já foram pagos e os dois restantes estão sendo negociados. 

“Dos cinco trabalhistas, três já foram completamente quitados. Os processos do Jonathan Gomes e Fábio Pereira, que foram atletas que passaram pelo Sport e um outro de João Luiz Neri, que foi um um antigo funcionário do clube. Além desses três, existem mais outros dois trabalhistas. Um do atleta Leo Ortiz e o outro é de Cleberson, um zagueiro que também passou pelo Sport. Estamos tentando resolver esses outros dois processos”, revelou o VP jurídico.

Processos fiscais

Dois dos três processos fiscais estão sendo protocolados pela Fazenda Nacional, mas, de acordo com Guedes, o Sport reconheceu, desde 23 de dezembro de 2022, os débitos e já solicitou um parcelamento da dívida. O dívida fiscal restante está sendo cobrada pelo Banco Central e representa um processo que corre na Justiça desde 2003, do jogador Edson Miolo, que não recebeu algumas taxas cambiais quando deixou o time naquele ano. O montante equivale a mais de R$ 8 milhões de reais, e representa o valor mais alto sendo cobrado ao Rubro-negro. Ainda assim, o vice-presidente jurídico garantiu que o clube solicitou o parcelamento de todas as suas dívidas fiscais, já que a multa seria muito alta, e a diretoria tenta diminuí-lo.

“O Sport protocolou na Procuradoria Geral da Fazenda um pedido de transação individual, onde reconhece alguns débitos e está negociando um parcelamento de, não só desses dois, mas de todos os débitos fiscais e previdenciários que o Sport tem. Isso dá um montante bem elevado e a gente está tentando diminuí-lo, através dessa negociação individual. O outro é uma multa do Banco Central, da época em que o atleta Edson Miolo foi vendido e não se não se pagou à época, taxas cambiais e outros impostos devidos nessa transação. Por isso que o Banco Central está à frente dessa cobrança, em um processo que já vem rolando desde 2003, ou seja,  já são 20 anos. Apresentamos defesa e um outro pedido administrativo para diminuir o valor, estamos batalhando essa diminuição” revelou.

Processo cível

O processo cível está sendo movido por Laércio Guerra, ex-diretor do Sport, e atualmente dono e presidente do Retrô. A dívida representa um montante que Guerra emprestou ao rubro-negro quando ainda atuava na diretoria do clube e que, agora, está sendo cobrado na Justiça, e equivale a R$ 658.555,78. Mas, de acordo com Rodrigo Guedes, também está sendo negociado o pagamento.

Avaliação da Ilha do Retiro

<i>(Foto: Igor Cysneiros/SCR)</i>
O último ponto da Defesa do Leão para que o leilão seja suspenso é a avaliação feita pela Justiça a respeito da sede da Ilha do Retiro, avaliada em R$ 400 milhões. Mas, segundo Rodrigo Guedes, o Sport fez sua própria avaliação no fim do ano passado e constatou que, levando em consideração toda a área do complexo, o imóvel equivale a cerca de R$ 800 milhões. 

“Como se trata de um bem bem maior, já que fizemos uma avaliação da sede da Ilha no ano passado que chegou a quase R$ 800 milhões. No processo, diz que foi feita uma avaliação judicial, que diz que o valor é de pouco mais de R$ 400 milhões, mas não foi levado em consideração todo o complexo. E a gente mostra que todo aquele complexo, não só o Estádio, mas como toda a área de cerca de 11 mil metros que o Sport tem vale cerca de R$ 800 milhões”, finalizou Rodrigo Guedes.

DP

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