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segunda-feira, 4 de abril de 2022

LUTO NA LITERATURA BRASILEIRA

Morre a renomada escritora Lygia Fagundes Telles, aos 98 anos

Foto: NadjaKouchi/Divulgacao


O Brasil perdeu, na manhã deste domingo (3), a famosa escritora Lygia Fagundes Telles, aos 98 anos. Ela faleceu em casa de causas naturais, segundo relato de Juarez Neto, da Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual Lygia também era integrante desde 1985. Romancista e contista pós-modernista, ela ocupava a cadeira 16 na instituição, que assumiu no lugar de Pedro Calmon.

Nascida em São Paulo, em 19 de abril de 1923, a escritora é um símbolo de resistência contra a censura da ditadura militar no Brasil, quando ganhou os prêmios literários Jabuti e Camões, em 1977. Além desses, Lygia ainda recebeu diversos outros prêmios, como Prêmio do Instituto Nacional do Livro em 1950; Jabuti em 1966, 1974 e 2001; e Camões em 2005 (pelo conjunto da obra).

Sua primeira obra literária foi publicada em forma de contos, “Porões e sobrados”, em 1938. Mas foi na década de 1970 que a escritora produziu a leva de obras mais importante da carreira: Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977) e Filhos Pródigos (1978).

Lygia era amiga de escritores tão renomados quanto ela, como Carlos Drummond de Andrade e Erico Verissimo. Era filha do promotor Durval de Azevedo Fagundes e da pianista Maria do Rosário Silva Jardim de Moura. Casou-se duas vezes e teve um filho, além de duas netas e uma bisneta.

Reconhecida internacionalmente, Lygia tem suas obras traduzidas em várias línguas, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e televisão.

Frases marcantes de Lygia Telles 
“Sou escritora e sou mulher – ofício e condição duplamente difíceis de contornar, principalmente quando me lembro como o país (a mentalidade brasileira) interferiu negativamente no meu processo de crescimento como profissional.”

“Algumas das minhas ficções se inspiraram na simples imagem de algo que vi e retive na memória, um objeto, uma casa, uma pessoa...”

“O escritor pode ser louco, mas não enlouquece o leitor. Ao contrário, pode até desviá-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas não corrompe. Pode ser solitário e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que está na solidão.”

“Sou escritora e sou mulher – ofício e condição duplamente difíceis de contornar, principalmente quando me lembro como o país (a mentalidade brasileira) interferiu negativamente no meu processo de crescimento como profissional.”

“Algumas das minhas ficções se inspiraram na simples imagem de algo que vi e retive na memória, um objeto, uma casa, uma pessoa...”

“O escritor pode ser louco, mas não enlouquece o leitor. Ao contrário, pode até desviá-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas não corrompe. Pode ser solitário e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que está na solidão.”

Por: Correio Braziliense

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