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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

PRÍNCIPE E O REI COMO TESTEMUNHAS

NUZMAN CHAMA PELÉ E PRÍNCIPE ALBERT II DE MÔNACO COMO TESTEMUNHAS
NUZMAN CHEGOU A SER PRESO POR SUSPEITA DE COMPRA DE VOTO PARA A RIO 2016 (FOTO: RICARDO STUCKERT)


EX-PRESIDENTE DO COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL É INVESTIGADO NA UNFAIR PLAY

O ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, chamou 41 testemunhas de defesa na Operação Unfair Play, desdobramento da Lava Jato. Na lista estão o ex-jogador de futebol Pelé, o ex-jogador de vôlei Bernard Razman e o Príncipe Albert II de Mônaco.
Ao convocar Pelé, a defesa de Nuzman enviou o endereço do estádio da Vila Belmiro, em Santos.
As 40 testemunhas de defesa arroladas por Nuzman constam da resposta do ex-presidente do COB à denúncia do Ministério Público Federal. Também foram convocados o rei da Holanda, Willem-Alexander, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o ex-presidente da entidade, Jacques Rogge. Das 40 testemunhas, 20 moram no exterior, em países como Suíça, Israel, Paquistão, Quênia, Índia, Marrocos e Austrália.
Além de Nuzman, também foram denunciados pelo Ministério Público Federal o ex-diretor de operações e marketing do COB Leonardo Gryner, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), o empresário Arthur Soares e os senegaleses Papa Massata Diack e Lamine Diack por corrupção. Gryner também foi denunciado por organização criminosa e Nuzman por organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
De acordo com a denúncia, Cabral, Nuzman e Leonardo Gryner solicitaram diretamente a Arthur Soares propina de US$ 2 milhões para os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack. O valor garantiria votos para o Rio de Janeiro na eleição da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Carlos Nuzman chegou a ser preso pela Unfair Play em 5 de outubro. Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no dia 19 daquele mês, o ex-presidente do COB foi solto.
Na resposta à denúncia, os advogados Nélio Machado, João Francisco Neto e Guido Ferolla alegam falhas na denúncia contra o ex-presidente COB.
“Esse desconto foi conferido pelo Comitê de Dissolução do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 que Nuzman sequer integrava”, afirma o advogado João Francisco Neto, do escritório Nélio Machado Advogados.
No documento, a defesa afirma que o Comitê de Dissolução era formado por Sidney Levy, representante da diretoria executiva; Ana Paula Macedo Terra, gerente Jurídica do COB; pelo suplente José Antônio do Nascimento Brito, representante da Diretoria Estatutária Rio 2016; pelo suplente Luiz Henrique Alcoforado, representante do governo federal e Cristhian Cananea Lopes, representante do Município do Rio de Janeiro.
“Na data da deliberação acerca do tema narrado na denúncia, o Comitê de Dissolução aprovou, ainda, outros assuntos. Veja-se que semelhante desconto foi concedido à empresa ‘Hotelaria Carioca’, por critérios analisados no dia da reunião, por diversas pessoas integrantes do Comitê de Dissolução, tudo sem a presença de Carlos Arthur Nuzman”, diz a defesa. 

(AE)

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