A VOLTA DO FESTIVAL DE JAZZ

Após oito anos, Garanhuns volta a receber o Jazz Festival

Foto: Tomás Rangel/Divulgação

Deste sábado até a próxima terça-feira, Garanhuns será a Nova Orleans brasileira. Nos dias dedicados ao carnaval, quem preferir se afastar do calor da folia momesca e curtir o período ouvindo um gênero mais intimista está convidado para visitar a cidade do Agreste pernambucano. Garanhuns volta a sediar, após um hiato de oito anos, o Jazz Festival - um dos principais eventos culturais alternativos ao carnaval tradicional do estado - em sua 23ª edição. Artistas nacionais e internacionaisdojazz, blues, instrumental, erudito e da cultura popular vão reunir entusiastas e curiosos na praça Mestre Dominguinhos, no centro da cidade, de forma gratuita.

A última edição do evento em Garanhuns ocorreu em 2015. Depois, foi transferido para Gravatá, onde estava sendo realizado até o surgimento da pandemia, em 2020. Ao Viver, Giovanni Papaleo, produtor e idealizador do Jazz Festival, explicou a volta às origens, mas adiantou que não pretende deixar a Suíça pernambucana de mãos abanando. “Esse festival nasceu em Garanhuns, então nada mais justo do que ele voltar à sua terra natal. Isso não quer dizer que Gravatá vai ficar sem festival. A cidade nos acolheu muito bem naquela época e a gente já pode dizer que esse festival vai voltar pra lá no segundo semestre, porém o jazz nasceu e voltou para Garanhuns.

Giovanni ainda apontou os impactos econômicos e culturais, dos quais extrapolam o território pernambucano. “É muito importante ter um evento desse, indo contra - no bom sentido da palavra - à nossa tendência de ficar na mesmice aqui em Pernambuco. É uma coisa ousada, diferente, uma alternativa ao nosso excelente carnaval. Mas é bomsaberque, graças ao festival, conseguimos incluir o estado no seleto circuito de shows internacionais de jazz e blues. Antes, só aconteciam em São Paulo, Rio e adjacências. O impacto é muito grande, porque é um dos três maiores festivais de jazz do país e aquece a economia local”, ressaltou.

Entre os confirmados, aparecem na grade Derico Sciotti (SP), Liv Moraes (PE), Quinteto Violado (PE),Uptown Blues Band (PE), Lorenzo Thompson (EUA), Tamara Peterson (EUA) e Baby do Brasil (RJ), Jefferson Gonçalves (RJ), Adriano Grineberg (SP) e Bruno Marques (MG), além de Flora Purim, indicada ao Grammy 2023 e diva do jazz mundial.

Por: Allan Lopes