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sexta-feira, 11 de março de 2022

ELEIÇÕES 2022

CHAPA BOLSONARISTA 

Ao anunciar do seu gabinete, em Brasília, a chapa Anderson Ferreira (PL) para o Governo de Pernambuco e o ministro Gilson Machado ao Senado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) meteu os pés de vez na sua sucessão. Anderson e Gilson, que nunca foram próximos nem amigos, foram forçados a se entender em torno de uma causa, de uma bandeira única: o bolsonarismo.

Serão protagonistas do palanque eleitoral com o carimbo de Bolsonaro no Estado. Hoje, o bolsonarismo em Pernambuco é um tiro no escuro, amanhã pode não ser, caso a polarização da disputa nacional envolvendo Lula X Bolsonaro resulte em votos casados para governador e presidente. Se o eleitor que votar pela reeleição do presidente optar também por Anderson para o Governo do Estado, a dobradinha pode levar o candidato do PL ao segundo turno.

Neste caso, Anderson ganha mais consistência do que os que correm para a disputa estadual sem o viés bolsonarista, a exemplo de Miguel Coelho (UB) e Raquel Lyra (PSDB). Estes, até hoje, não têm um candidato ao Planalto e apostam na estratégia de estadualização da campanha. Trabalham com a hipótese do eleitor separar o voto para presidente do de governador.

É um cenário possível, mas, teoricamente, mais incerto, pelo que parece uma paixão ainda latente do eleitor pernambucano pelo voto lulista. A aposta de Miguel e Raquel será em cima da saturação do eleitor pernambucano com o PSB. São 16 anos de mando, sem que o venha tirando proveito disso, ou seja, tendo resultados em projetos estruturadores, de geração de renda e emprego, que impliquem no perfil socioeconômico do Estado.

Divisão favorece PSB 

Neste cenário do possível voto casado, Anderson tende a lucrar mais do que Gilson Machado. Como a briga para o Senado se resolve de imediato no primeiro turno, o ministro do Turismo terá uma eleição extremamente difícil para o Senado, porque o eleitorado de oposição será rateado em três pedaços: os que votarão em Gilson e os que votarão no senador de Raquel e no senador de Miguel. Como esse eleitorado racha, a tendência é ser eleito o senador da chapa oficial, do pré-candidato do PSB a governador, Danilo Cabral, o Coronel Danulo, como diria Uchoa e Labanca.

Mulher na vice 

Primeira chapa conhecida, a do bolsonarismo no Estado, falta apenas o candidato a vice para ser fechada. Anderson deseja ter como companheira de chapa uma mulher. A mais lembrada é a deputada estadual Clarissa Tércio (PSC). Pertence a uma corrente do mundo evangélico na Região Metropolitana que não é a mesma de Anderson, não só em relação à denominação, mas também como liderança pastoral, o que pode dificultar a escolha.

Empresário descartado 

A princípio, o nome ventilado para vice de Anderson chegou a ser o de Robson Ferreira, um dos empresários mais bem-sucedidos no polo de confecções do Estado. Dono de uma fortuna incalculável, Robson ganhou a confiança do presidente Bolsonaro e do ministro Gilson Machado depois que, na condição de coordenador do Movimento de Direita de Pernambuco, promoveu a maior motociata em favor da reeleição do presidente, saindo de Santa Cruz do Capibaribe em direção a Caruaru.


 por Magno Martins 

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