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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO

Fundaj pede inclusão de sua sede à área de preservação


A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) enviou, ontem, um ofício para a Prefeitura do Recife solicitando a inclusão do conjunto arquitetônico que compõe o complexo cultural do campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, onde está localizada a sede da Instituição, à Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural do Poço da Panela (ZEPH nº 5). O pedido, assinado pelo presidente da Fundaj, Antônio Campos, tem como objetivo a ampliação da área de preservação delimitada no Plano Diretor da capital pernambucana, enviada à Câmara de Vereadores da cidade em dezembro de 2018.
De acordo com o documento, a ampliação tem como objetivo valorizar o conjunto arquitetônico do Poço da Panela e áreas adjacentes preservando a estrutura urbana local, tendo em vista sua significância histórica e cultural, bem como o paisagismo do bairro. O complexo cultural mencionado contém 13.044,39 metros quadrados e está situado na Avenida Dezessete de Agosto, nº 2187, em Casa Forte, bairro da Zona Norte do Recife e compreende a sede da Fundação Joaquim Nabuco, o Museu do Homem do Nordeste, o solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães (Imóvel Especial de Preservação IEP nº 151) e o edifício José Bonifácio.
Asseguradas pelo Artigo 14, da Lei de Uso e Ocupação do Solo da cidade do Recife (Lei nº 16.176/1996), são consideradas Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural as áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos antigos de relevante expressão arquitetônica, cultural e paisagística, cuja manutenção seja necessária à preservação do patrimônio histórico do Município. No Século 19, a área que compreende atualmente o campus Casa Forte era composta pelo solar do velho Guimarães (construído entre os anos de 1874 e 1877), circundado por um jardim que à época era enquadrado entre os mais belos jardins-monumentos residenciais suburbanos da cidade.
Adquirida pelo então Instituto Joaquim Nabuco em 1953, a área foi reconstituída, após se tornar alvo de depredações e saques, e construído um novo jardim nomeado pelo sociólogo Gilberto Freyre de Jardim Ecológico, por ser construído obedecendo às características dos jardins das casas de sítio do Recife Antigo. Os trabalhos de reconstituição do sítio-jardim tiveram grande repercussão na sociedade recifense, chegando a circular na imprensa local como a reconstituição do jardim dos Guimarães. Sua inauguração oficial aconteceu em setembro de 1954 e contou a presença do então prefeito do Recife, o médico Djair Brindeiro.

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