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sábado, 22 de agosto de 2020

SANTA CRUZ - CRITICANDO TODO MUNDO

Itamar tece críticas no Santa Cruz e nega atrito com Jeremias: 'Falta achar que sou veado, gay'

"Só falta alguém achar que eu sou veado, gay. Eu coloquei o Jeremias porque eu achava que ele deveria jogar", disparou Itamar (Foto: Rafael Melo/Santa Cruz)


Treinador do Santa Cruz concedeu entrevista ao vivo e o conteúdo não foi disponibilizado. Diretoria, atletas, imprensa e arbitragem foram alvos


Às vésperas de enfrentar o Botafogo-PB, o técnico Itamar Schülle foi convocado pelo Santa Cruz a conceder uma entrevista coletiva, como de praxe, para analisar o confronto. No entanto, o treinador foi além. Teceu críticas direcionadas ao trabalho da diretoria a respeito da saída de Fabiano, a atletas como André e Negueba - recém contratado -, a um profissional de imprensa não nomeado, e ainda à arbitragem da partida contra o Salgueiro, que resultou no vice-campeonato estadual.

O conteúdo foi exibido de forma ao vivo online pelo canal oficial do clube no YouTube. No entanto, o material não foi disponibilizado pelo departamento de comunicação do Santa Cruz, sob alegação de não ter sido gravado. Segue abaixo uma seleção dos trechos apontados, com o conteúdo na íntegra disponibilizado em áudio.

Opinião de um profissional da imprensa

"Às vezes falo as coisas aqui e me admiro com o que ouço. Coloquei o Célio como opção e vi uma pessoa da imprensa dizer que entrei com a equipe errada. São umas coisas que não me deixo levar. Tenho uma convicção que me trouxe aqui e sempre vou manter alheia a opção de A ou B, e prestar atenção no nosso trabalho. No jogo essa mesma pessoa falou que eu não gosto do Jeremias. Ele pediu para sair porque viu que não poderia mais contribuir. Essa pessoa levanta coisas que são infundadas, são mentiras. Fica com o microfone na mão e fala o que quer, e só tenho uma vez para falar aqui."

"Onde é que o Jeremias jogou de titular no Santa Cruz e não teve comigo? Antes, contra o Botafogo-PB queriam que eu mandasse embora. Se for me deixar levar por opiniões de torcedores e de um da imprensa, então não precisa de treinador. Vê o que todo mundo acha e bota para jogar."

"A gente fica chateado com colocações infundadas. A pessoa que tem o microfone na mão e fala o que quer, quando quer. Eu posso às vezes não gostar do que o rapaz do outro lado fala. Já me contaram várias coisas que os profissionais do lado de lá falam."

"Admiro os profissionais que estão na imprensa. Esse um tem que buscar informações com os seus outros companheiros que têm informações, números, eu tenho que vir baseado em números."

"Me lembro de quando botava o Jeremias, falavam que o Itamar tem alguma coisa com o Jeremias. Como eu vou ter alguma coisa com o Jeremias? Só falta alguém achar que eu sou veado, gay. Eu coloquei o Jeremias porque eu achava que ele deveria jogar. Mas era criticado aí ele fez dois gols. Agora é o contrário. Eu não gosto do Jeremias. São coisas que a gente fica chateado porque são infundadas."

A saída de Fabiano

"Todo atleta que fica fora a gente lamenta muito. Não tínhamos problemas com atleta algum. Eu gostava do Fabiano, fui eu que indiquei. Ele errou um pênalti e passou a não prestar mais, mas fez o gol da vitória num campeonato em Pernambuco. Com o Fabiano tivemos a melhor defesa do país das Séries A, B e C, e aí ele não serve? É criticado?"

"Foi feito pouco esforço para que ele ficasse. Ele deveria estar aqui. Não tínhamos problemas. Aí o Fabiano foi embora para o Operário-PR. Na Série B ele serve, mas aqui não servia? Não tínhamos problemas. E eu falei aqui que colocar o Célio de lateral era propício de ter problemas. E teve lesão. Uma coisa é botar num jogo para apoiar. O culpado da lesão do Célio é querer colocar um jogador na função que não é dele e desgasta mais."

Atletas da base e André

"Temos a cada 15 dias os percentuais, atletas que conseguem manter o percentual deles, e atletas da base que pioram o percentual, mesmo a gente falando duas ou três vezes para não se vislumbrar com coisas que o futebol trazem. Eu tenho com os atletas um papo aberto(...)"

"O André, alguns números dele não me agradaram internamente. Falei com ele, com a direção, com o empresário dele. Não tô aqui expondo o André, mas é para o bem dele. De repente, eu volte com o André (contra o Botafogo-PB)."

Negueba

"É um jogador que eu vi pouco dele. Sei que no ano passado fez quatro ou cinco gols de bola parada, nove gols e foi artilheiro da Série C pelo Globo. Mas no Vitória não se firmou e tanto por isso o clube acabou liberando. Do jogo que eu vi, que o Vitória fez contra o Bahia de Feira, e até na época eu conversei com o presidente, não tinha visto uma atuação boa no Negueba. Vi muito abaixo do que era necessário."

"Mesmo assim a gente acabou trazendo, porque as opções do mercado são escassas, e dentro da realidade do clube, mas eu acredito e dou confiança. Ontem (quinta-feira) ele treinou, trabalhamos finalização, teve meu trabalho, meu carinho, meu apoio e minha confiança. E na hora em que precisar vai entrar, apesar de não ter visto o melhor dele e ele sabe. Aqui vai ter que estar motivado o tempo todo. Já foi abraçado por nós o tempo todo. É um menino muito bom no trabalho, está bem na parte física e torço muito por ele, assim como os outros meninos que vieram do Athletico-PR."

Arbitragem pernambucana

"A gente perdeu (campeonatos) em circunstâncias de penalidades. Fomos melhores que o Atlético-GO, Confiança, principalmente no segundo tempo, e fomos superiores ao Salgueiro, onde fomos roubados. Se tem 40 mil pessoas o bandeira não tem coragem de anular um gol legítimo. Fomos roubados e a verdade é essa, e quase ninguém fala. O Treze vai fazer uma representação contra o árbitro. Fomos roubados e perdemos um título. Tanto que no passado foram para as finais e trouxeram árbitros de fora, para não ter problemas com árbitros locais. Internamente a gente sabe as coisas que acontecem."

DP

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