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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

SPORT - GOL URUGUAIO

Gol de Leandro Barcia na estreia do Nordestão encerra 50 anos de jejum uruguaio no Sport

Uruguaio balançou as redes e pôs fim em jejum do Leão da Ilha (Foto: Ana Leal)


O último celeste a marcar com a camisa leonina havia sido o meia Henrique Câmpora, em novembro de 1969, pelo torneio Norte-Nordeste daquele ano


Além do peso da vitória na estreia da Copa do Nordeste diante do CSA, no último sábado, o gol do atacante uruguaio Leandro Barcia serviu para quebrar uma longa escrita de mais de meio século sem que o Sport tenha gols marcados por jogadores nativos do Uruguai. Com importante elo unindo o Leão e o futebol do Uruguai, que se iniciou mais de 100 anos atrás e que gerou a relação com um dos maiores ídolos da história do clube, o último atleta celeste a imortalizar seu nome entre os goleadores rubro-negros havia sido o meia Henrique Câmpora, que marcou seu quarto e último gol pelo clube no dia dois de novembro de 1969.

O gol em questão foi marcado na etapa inicial da partida entre Sport e Fortaleza, na Ilha do Retiro, em jogo válido pela primeira fase do Torneio Norte-Nordeste de 1969. Na ocasião, o Leão acabou liderando o seu grupo, que era composto por Ceará, Fortaleza, ABC, América-RN, Treze-PB e Botafogo-PB, mas caiu na fase quadrangular, que classificou o Ceará para enfrentar o Remo-PA na final, vencida pelos alvinegros. 

Contratado junto ao Nacional-URU, Henrique Câmpora defendeu a camisa leonina nas temporadas 1968,1969 e 1970, marcando apenas quatro vezes. Além do Fortaleza, outros três times tiveram suas redes vazadas pelo meia. Sendo eles, o América-PE (setembro/1968), o Íbis (abril/1969) e Santo Amaro (maio/1969). 

Além de Câmpora, outros grandes nomes do Sport foram provenientes do Uruguai e, mais especificamente, do Nacional. O maior exemplo é o meio-campista Raul Bentancor, que foi convidado por outro jogador de origem cisplatina, que passou pelo Nacional e atuou pelo Sport, o atacante Walter Morel. O meia é considerado um dos maiores jogadores da história do Leão, o “bigode que joga”, como era conhecido atuou em 254 oportunidades entre 1959 e 1964, sendo 250 como titular, marcando 91 gols, sendo os dois últimos marcados contra o Fortaleza, em março de 1964. O uruguaio ainda foi treinador do clube entre os anos de 1965 e 1970.
Câmpora marcou o gol que abriu a vitória contra o Fortaleza no torneio Norte-Nordeste de 1969 (Foto: Acervo/DP)

O início da relação

A estreita relação entre o Sport e o futebol do Uruguai teve seu início no século passado. Para ser mais exato, 102 anos atrás, quando o Leão recebeu Pedro Mazzullo, primeiro jogador estrangeiro a desembarcar em Pernambuco, vindo do Peñarol e contratado para a disputa do Estadual de 1918. 

Dez anos depois, o primeiro técnico estrangeiro chegava a Pernambuco. Novamente um uruguaio e mais uma vez no Sport. Tratava-se de Carlos Viola, que além de treinador ainda atuava no time leonino que disputou as temporadas de 1928 e 1929, com direito a marcar três gols. 

Outros estrangeiros

Se levarmos em consideração estrangeiros de todas as nacionalidades, o jejum cai bastante, uma vez que o Sport contou com um considerável número de jogadores da América do Sul na última década. Sendo assim, o último jogador proveniente de outro país a marcar com a camisa do Leão antes de Barcia era o colombiano Reinaldo Lenis, que marcou o gol do triunfo contra Vitória, pela Série A de 2017, fora de casa, no dia 12 de outubro. 

Além dele, se levarmos a nacionalidade do Brasileiro-croata Sammir, o tempo sem gols estrangeiros diminuiria ainda mais. Contratado para ser o condutor do meio-campo leonino em 2019, o jogador fez apenas 13 partidas no Sport antes de retornar à Croácia para jogar no NK Lokomotiva e marcou um gol, na derrota diante do Operário-PR, pela 6ª rodada da Série B, em jogo disputado no último dia 28 de maio.

Últimos Uruguaios

Por fim, analisando apenas a década que se encerra, percebe-se que o Sport teve dois jogadores de origem uruguaia que fizeram parte do seu plantel. Sendo eles, o atacante Pablo Pereira (2011) e o meia Robert Flores (2014). Ambos disputaram apenas seis jogos e não balançaram as redes nenhuma vez.    

DP

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