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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

SANTA CRUZ - ELEIÇÕES TUMULTUADAS

Dezembro, fevereiro ou julho: O que está por trás do adiamento das eleições no Santa Cruz

Alteração nas datas das eleições geraram protesto em frente ao Arruda no domingo (Foto: Cortesia)



Originalmente marcadas para dezembro, eleições corais foram adiadas para julho e, na última proposta da presidência, acontecem em fevereiro


Os bastidores do Santa Cruz estão em polvorosa. Em uma decisão da gestão, as eleições, foram adiadas de dezembro para julho, somando sete meses aos mandatos. A decisão da quinta não foi bem recebida e, no domingo, o presidente Constantino Júnior publicou uma carta sugerindo o pleito após a Série C. A polêmica, porém, segue viva, e o Diario conversou com os dois lados para explicar o futuro da eleição coral.

Na visão de Paulo Borba, presidente do Conselho Deliberativo e responsável por assinar o primeiro documento, o adiamento original segue o que foi previsto na Lei 14.030/2020, que permite a extensão de mandatos em até sete meses. “O que nós fizemos, na reunião do dia primeiro, foi ler e publicar uma carta da gestão usando a Lei 14.030/2020 (...) Isso é a lei, então, a gestão entendeu que, para usar a prerrogativa da lei, não precisa de permissão”.

Essa visão, porém, foi rebatida pelo conselheiro Mário Godoy, que viu ilegalidade e desrespeito ao estatuto do clube. “O Artigo 112 do Estatuto indica que, nos casos omissos, a competência é do Deliberativo. Em uma situação como essa, excepcional, por causa da pandemia, o estatuto não prevê, é um caso omisso. Logo, cabe ao conselho tomar uma decisão”.

Para Paulo Borba, as limitações sanitárias impedem um grande pleito dentro do clube, algo que é questionado por Mário Godoy, que vê uma iminente abertura de 30% dos estádios, o que permitiria ao Arruda, receber 18 mil pessoas em uma eleição de menos de dois mil votos. A possibilidade do voto online, exaltada por Godoy é criticada por Borba, que questiona o tempo hábil para toda a adaptação necessário no site coral.

NOVA PROPOSTA

No domingo, pouco antes de um protesto marcado pela torcida, a executiva propôs eleições em fevereiro, dez dias após o final da Série C. Para Godoy isso foi uma tentativa de desmobilizar. Já para Borba, se trata de uma mudança natural de ideia, após escutar outras vozes. Uma nova reunião do Conselho já foi marcada, como explica Borba. “Essa proposta será apresentada na reunião do dia 22 com outras propostas que irão chegar até o dia 13”.

Mário Godoy reconhece melhoras, mas vê falta de democracia. “Deveria ter consultado a torcida, pergunta à principal interessada no clube, qual é a data que ela escolhe. Mas passando pelo conselho, temos um mínimo de democracia, o que na reunião passada, foi vetado de ter no clube”.

Na opinião de Borba, julho é a melhor opção, “para ver se daqui para lá, as autoridades sanitárias afrouxam e fazemos uma eleição aberta”. Godoy, por sua vez, defende “ter eleição em dezembro, mas a gestão só tomar posse em fevereiro, quando terminar a Série C”.

DP

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