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quarta-feira, 7 de abril de 2021

TRATAMENTO SEGURO

Novo estudo aponta segurança no uso da cloroquina e hidroxicloroquina


Um estudo científico conduzido por pesquisadores brasileiros apontou a segurança no uso da cloroquina e de sua variante hidroxicloroquina. Os dois medicamentos são usados há anos no combate à malária, ao lúpus e também off label no tratamento contra a covid19.

O trabalho denominado “Segurança do tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina: uma revisão sistemática de dez anos e meta-análise” foi publicado no European Journal of Internal Medicine na última terça-feira (5), sendo conduzido pelos pesquisadores Fernando Luiz Barros Edington, Sandra Rocha Gadellha e Mittermayer Barreto Santiago, ligados à Escola Baiana de Medicina Saúde Pública e à Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus-BA.

O objetivo da pesquisa foi estimar a razão da taxa de incidência de eventos adversos em usuários de cloroquina ou hidroxicloroquina. Para tanto, foi feita uma meta-análise de dez anos de outros estudos que avaliaram pacientes que recorriam às substâncias para o tratamento de lúpus, artrite reumatoide, malária e COVID-19. Os pesquisadores utilizaram critérios científicos para selecionar 46 estudos, dos quais participaram um total de 23.132 pacientes. 

Segundo o relatório, não houve uma única morte atribuída ao uso de cloroquina ou hidroxicloroquina nos estudos incluídos. A meta-análise não apontou um maior risco estatisticamente significativo de eventos cardiovasculares em usuários dos dois medicamentos.

O estudo revelou ainda que efeitos adversos como arritmias ventriculares e infarto do miocárdio só foram relatados em pacientes hospitalizados com COVID-19 que usaram doses mais altas do que as usuais de cloroquina ou hidroxicloroquina. Em 2020, a Sociedade Europeia de Cardiologia afirmou não haver relação entre o uso dos medicamentos e a arritmia cardíaca.

Outros efeitos colaterais leves

Os pacientes com COVID-19 tratados com qualquer um dos antimaláricos apresentaram risco 83% e 165% maior de desenvolver efeitos adversos leves gerais e gastrointestinais, respectivamente, em comparação com os controles. O uso de antimaláricos aumentou o risco de desenvolver efeitos adversos dermatológicos em 92% em estudos de malária e reduziu em 65% em estudos de lúpus. 

“Nossos dados reforçam que a cloroquina e a hidroxicloroquina têm um bom perfil de segurança, embora seja aconselhável cautela ao usar doses mais altas do que o normal em pacientes com COVID-19 hospitalizados”, concluiu o estudo.

PortalNovoNorte

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