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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

CARNAVAL EM OLINDA

Moradores reclamam de sujeira e desordem nas Prévias em Olinda

A bebida axé continua sendo vendida pelas ruas nas prévias carnavalescasFoto: Jose Britto / Folha de Pernambuco


Em dias de folia pré-carnavalescas, principalmente nos domingos, é possível encontrar pessoas urinando nas ruas e consumindo drogas

As prévias de Carnaval em Olinda estão causando insatisfação nos moradores da cidade. Apesar de o policiamento e da iluminação terem sido intensificados no Sítio Histórico, e da Secretaria de Transporte e Trânsito ter criado um esquema que melhorou o fluxo no acesso à folia (no Carmo e em outros cinco pontos de bloqueio), é visível o fato de que falta uma maior fiscalização.
A venda de “loló” e de “Axé” (bebida tradicional feita à base de cachaça e ervas e largamente consumida na cidade, mas que está proibida de ser comercializada) vem acontecendo normalmente nas ruas da Cidade Alta, e as pessoas estão se drogando e fazendo suas necessidades fisiológicas a céu aberto - em parte por má educação, mas também pela quantidade insuficiente de banheiros públicos.
Circulando por Olinda, não é difícil encontrar pessoas urinando nas ruas - homens, mulheres e crianças, sem distinção de idade ou sexo. Apesar do cheiro insuportável e da falta de educação, o ato não é considerado crime de atentado ao pudor nem tem punição prevista na legislação municipal.
A reportagem da Folha de Pernambuco conversou com um comerciante que mora na Travessa Conselheiro João Alfredo (via que une dois corredores de grande fluxo: as ruas Prudente de Moraes e do Bonfim). Ele e sua esposa não quiseram se identificar, mas denunciaram o fato de que a situação "virou uma anarquia".
"Não tem fiscalização nenhuma. O povo fuma maconha em frente da minha casa, faz xixi, faz cocô. Após às 19h é pior, todo final de noite tem arrastão. E eu fico preso em casa, pois se quiser tirar meu carro da garagem não tem como", reclamou. O casal disse ainda que o pior dia é o domingo, que atrai gente de todos os lugares da Região Metropolitana. "Desde setembro que sofremos com isso. Antes eu gostava de brincar, mas quando vai chegando o Carnaval a gente já não aguenta mais", acrescentou a mulher.
Os dois filhos do casal pouco frequentam a residência no período: um estuda para concurso público e, por causa do barulho, fica na casa da namorada. O outro tem uma filha recém-nascida, que está impedida de visitar a casa dos avós.

Resposta da Prefeitura
Procurada para comentar o assunto, a Prefeitura de Olinda se pronunciou por meio de nota, informando que montou um "esquema especial de banheiros químicos" para a festividade. "Foi aumentado o número de banheiros. No total, foram instalados 50 equipamentos que foram distribuídos em locais como Ladeiras da Sé, São Pedro, Ribeira, Alto da Sé, Correios e Largo do Varadouro", diz o texto.
A nota afirma ainda que "é importante a colaboração dos foliões para usar apenas os banheiros químicos e não lugares inadequados, preservando a limpeza da cidade". A Prefeitura finalizou dizendo que hoje uma equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura vai começar os trabalhos de limpeza das ruas, a partir das 6h.

FolhaPE

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