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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

NÁUTICO - PENSANDO NA REELEIÇÃO

Edno Melo dá nota nove ao primeiro ano da gestão e não descarta concorrer à reeleição

Para Edno Melo gestão mereceu 'nota nove' no primeiro ano de mandato


Presidente coloca reabertura dos Aflitos como seu principal feito a frente do clube e aponta acesso à Série B como principal meta de 2019


Dois mil e dezenove marcará o segundo ano da gestão do presidente Edno Melo a frente do Náutico. Nessa entrevista o mandatário alvirrubro faz um balanço da sua primeira temporada, marcada pelo retorno aos Aflitos e o título do Campeonato Pernambucano, encerrando um jejum de 13 anos. Para o dirigente, faltou apenas o acesso à Série B para a sua gestão "receber a nota dez". Sobre o futuro, Edno Melo diz reconhecer que a pressão por resultados será ainda maior. E pela primeira vez, não descarta concorrer à reeleição. 

Qual a avaliação da gestão?
A avaliação é muito positiva. Nós alcançamos dois objetivos grandes no ano que foi o título estadual e a volta pra casa. E ainda conseguimos, a reboque, lançar uma campanha de sócios que tirou o clube de 1.800 para 8.500 sócios em dia. Conseguimos resgatar o orgulho do torcedor alvirrubro. E ainda terminamos o ano com os salários em dia, restando ainda a quitação do 13º. Mas pagamos ao longo do ano 13 folhas, já que assumimos com uma em atraso.

Qual foi o principal feito?
A volta aos Aflitos, sem sombra de dúvida. Para conseguir isso tivemos que mexer com muita coisa. Poder, ego, falta de dinheiro. Tudo isso para conseguirmos voltar. Eu não tenho nenhuma vaidade em ser conhecido como o presidente que voltou o Náutico aos Aflitos. Uma das marcas da nossa gestão é justamente esse, das pessoas não aparecerem. Quem aparece é o Náutico. A volta não se deu por conta de uma pessoa. Foram muitas envolvidas. O presidente poderia querer voltar de todo jeito, mas isso poderia não acontecer. Lógico que ficar reconhecido por isso é bom, mas é uma coisa que você não busca. E como ganhar um prêmio. Você não trabalha para ganhar prêmio. O prêmio é uma consequência do seu trabalho. 

Qual a nota que daria a gestão?
Eu dou nota nove porque a gente não subiu para a Série B. Se tivessemos conseguido o acesso era dez. Para 2019 a meta principal será o retorno à Série B. 

Você acha que a pressão aumenta para 2019?
Com certeza absoluta. Por exemplo, conquistar o Campeonato Pernambucano já não será mais suficiente para a torcida achar que foi um grande feito. Vamos ter que buscar algo maior como o título da Copa do Nordeste, do Campeonato Brasileiro. Esse aumento de cobrança é natural do ser humano. A gente vai conquistando território e vai querendo algo maior. 

Como lidar com isso?
Minha preocupação maior é de continuar esse resgate do clube. Os títulos vem como consequência. Se não vier em 2019, vem em 2020, em 2021...Mas o clube não pode voltar a sofrer o que vinha sofrendo. A negligência que existia. Vamos continuar com a mesma política de pés no chão, só gastando o que tivermos. A folha do futebol vai girar em torno de R$ 300 mil graças a ajuda de um grupo de colaboradores do clube. 

Será candidato à reeleição em dezembro?
É muito cedo falar de política agora. Acho que temos entrar em 2019 para manter o trabalho. A reeleição é consequência de um grupo. Você não pode ser candidato de você mesmo. Mas se o grupo quiser que a gente continue, a gente vai continuar. Mas hoje eu vejo o Náutico com grandes quadros. O próprio Diógenes (Braga, vice-presidente), Luiz Felipe (presidente da comissão de reforma dos Aflitos), Alexandre Carneiro (vice-jurídico). São pessoas que têm condições de tocar o clube. Mas se o projeto desse grupo for manter o comandante eu não vou ser contra. 

Você ainda lamenta a derrota por dez votos para Marcos Freitas em 2015?
Não. Naquele momento do Náutico talvez eu não conseguisse fazer muita coisa. Eu lamento muito Marcos ter tido um problema de saúde e não ter podido concluir o mandato. Porque ele tem um perfil muito igual ao meu. Um perfil agregador e de ser admistrativo e que pensa com austeridade, mas que não conseguiu fazer muita coisa porque adoeceu logo no início da gestão. A derrota na eleição é o risco natural que se corre em uma disputa. Ou você ganha, ou perde.  


Diario de Pernambuco
 

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