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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

TENTANDO EXPLICAR O INEXPLICÁVEL

Declaração sobre eleição ‘tomada’ foi tirada de contexto, diz Barroso

Luís Roberto Barroso é presidente do TSE | Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF


Em vídeo divulgado nas mídias sociais, ministro aparece afirmando que ‘eleição não se vence, se toma’

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, pronunciou-se nesta quarta-feira, 11, acerca do vídeo em que aparece afirmando o seguinte: “Eleição não se vence, se toma”. O conteúdo, gravado em 9 de junho, está causando rebuliço nas mídias sociais e em setores da imprensa.

Após repercussão negativa, o gabinete do magistrado disse que o vídeo foi “distorcido”. Segundo a assessoria, Barroso apenas repetiu uma frase que lhe fora dita pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR). A declaração fazia suposta referência ao “tempo do voto impresso” em Roraima. 

Após repercussão negativa, o gabinete do magistrado disse que o vídeo foi “distorcido”. Segundo a assessoria, Barroso apenas repetiu uma frase que lhe fora dita pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR). A declaração fazia suposta referência ao “tempo do voto impresso” em Roraima.

A justificativa

Na ocasião, Mecias teria narrado que ganhou as eleições em seu Estado por duas vezes, mas acabou tendo as vitórias “tomadas”. De acordo com a nota emitida pelo gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal, a fraude aconteceu no tempo do voto impresso — daí, portanto, a origem da frase “eleição em Roraima não se vence, se toma”.

“Mecias acrescentou que, com a implantação do voto eletrônico, não puderam fraudar a eleição, e ele finalmente obteve a vaga”, diz a nota. “Na frase que dá título ao vídeo que circulou, suprimiram a palavra Roraima, que o ministro claramente pronunciou, e tiraram a fala de contexto, que era a situação da votação em Roraima ao tempo do voto de papel, antes da implantação das urnas eletrônicas”, alega o gabinete.

Leia, na íntegra, a nota

“Em 8 de junho 2021, o ministro Luís Roberto Barroso atendeu, no TSE, um grupo de parlamentares, entre os quais o senador de Roraima Mecias de Jesus e seu filho, o deputado Jhonatan de Jesus. Na ocasião, o senador narrou ao ministro que, por duas vezes, ganhara eleições em seu Estado, mas que ‘as eleições lhe foram tomadas’. Daí a origem da frase ‘Eleição em Roraima não se ganha, se toma’. O senador esclareceu que assim se passava no tempo do voto impresso. E acrescentou que, com a implantação do voto eletrônico, não puderam fraudar a eleição, e ele finalmente obteve a vaga.

Ao comparecer à Câmara dos Deputados, no dia seguinte, em conversa com parlamentares, o ministro narrou a história que ouviu do senador Mecias de Jesus e repetiu a passagem que a resumia: ‘Eleição em Roraima não se ganha, se toma’. Na frase que dá título ao vídeo que circulou, suprimiram a palavra Roraima, que o ministro claramente pronunciou, e tiraram a fala de contexto, que era a situação da votação em Roraima ao tempo do voto de papel, antes da implantação das urnas eletrônicas.

Logo após a divulgação do vídeo, o deputado Jhonatan de Jesus telefonou ao ministro Barroso, relembrou o episódio e gentilmente se prontificou a esclarecer a história do vídeo distorcido.”

Edilson Salgueiro

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