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terça-feira, 24 de agosto de 2021

LUTO NO MUNDO DA MÚSICA

Baterista dos Rolling Stones, Charlie Watts morre aos 80 anos


O baterista dos Rolling Stones, Charlie Watts, morreu em Londres aos 80 anos, anunciou seu agente nesta terça-feira (24), lamentando a morte de "um dos melhores bateristas de sua geração". 

"Com grande tristeza anunciamos a morte do nosso querido Charlie Watts", afirmou seu agente em um comunicado, acrescentando que "ele morreu tranquilamente em um hospital de Londres hoje mesmo, cercado pela sua família".

Um porta-voz do artista já havia anunciado, no início de agosto, que ele não participaria da turnê norte-americana da banda, prevista para o outono boreal, por motivos médicos.

"Charlie foi operado com sucesso, mas seus médicos acreditam que ele precisa descansar", explicou, sem mais detalhes. 

O baterista, que completou 80 anos em junho, estava com os Stones desde 1963. Junto com o cantor Mick Jagger e o guitarrista Keith Richards, Charlie Watts era um dos membros mais antigos da famosa banda de rock, na qual também participaram Mick Taylor, Ronnie Wood e Bill Wyman. 

Em 2004, Watts foi tratado no Hospital Royal Marsden de Londres de um câncer de garganta, do qual se recuperou após uma luta de quatro meses contra a doença, incluindo seis semanas de radioterapia intensiva. 

"Charlie era um amado esposo, pai e avô e também, como membro dos Rolling Stones, um dos maiores bateristas de sua geração", afirmou Doherty.  "Pedimos respeito à intimidade de sua família, dos membros da banda e dos amigos próximos neste momento difícil", acrescentou.

Afastado da vida louca
Watts, que sempre se manteve afastado da vida louca que seus colegas viviam, continuou sendo por mais de meio século o imperturbável metrônomo da banda enquanto alimentava sua paixão pelo jazz. 

Com seu rosto impassível e seu talento unanimemente reconhecido para o ritmo binário, oferecia o contraponto perfeito no palco para as arrogâncias frenéticas de Mick Jagger e as palhaçadas elétricas dos guitarristas Keith Richards e Ronnie Wood.

Enquanto seus amigos passavam por "divórcios, vícios, prisões e brigas loucas", segundo um inventário compilado pelo jornal britânico Mirror, o tranquilo Charlie Watts vivia uma vida serena com Shirley Shepherd, sua esposa há 50 anos, e sua filha Seraphina, em sua fazenda em Devon, Inglaterra.

"Durante cinquenta anos de caos, o baterista Charlie Watts representou a calma em meio à tempestade dos Rolling Stones, tanto dentro como fora dos palcos", escreveu o Mirror em 2012. 

O músico, no entanto, não era totalmente impermeável aos vícios da banda: na década de 1980, foi submetido à reabilitação por heroína e álcool. 

"Foi um tempo muito curto para mim", explicou ele. "Simplesmente parei, não era algo para mim", confessou o músico.

Paixão pelo jazz
Nascido em 2 de junho de 1941 em Londres, Charlie Watts chegou à música por meio do jazz animado aos 13 anos, junto com seu vizinho Dave Green, com quem depois formaria o quarteto "The A, B, C & D of Boogie-Woogie". 

Totalmente autodidata, aprendeu a tocar observando os músicos dos clubes de jazz de Londres. 

"Nunca fui a uma escola para aprender a tocar jazz. Não é disso que eu gosto. O que eu gosto sobre o jazz é a emoção", explicou o músico, que durante sua carreira com os Rolling Stones continuou tocando jazz paralelamente e gravou vários discos com o Charlie Watts Quintet e com o grupo Charlie and the Tentet Watts. 

No entanto, primeiro ele estudou arte e trabalhou como designer gráfico em uma grande agência de publicidade. 

Quando se juntou aos Rolling Stones em 1963, eles não eram nada além de uma banda pequena e incipiente.

"Foi uma bênção", disse Keith Richards. "O primeiro baterista com quem comecei há 40 anos é um dos melhores do mundo. Com uma boa bateria, é livre para fazer o que quiser", acrescentou. 

Watts foi designado como o 12º melhor baterista de todos os tempos pela revista Rolling Stones.

Por: AFP

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