Rodízio tático não dá certo até o momento e Santa Cruz encara dificuldades em 2012
Time teve dificuldade para chegar no G4 do Estadual e saiu da Copa do Brasil
Diario de Pernambuco
No futebol, nada é exato. Nenhuma fórmula é aplicável em todos os times. É preciso testá-la na prática. No Corinthians, por exemplo, o técnico Tite muda o time quase a cada jogo. Promove um rodízio de sucesso desde o ano passado. Por isso, não mudou de postura em 2012. Tem os resultados, ainda que sejam com vitórias magras e sem brilho, ao seu lado. No Santa Cruz, estratégia semelhante passou a ser adotada. A cada jogo, o adversário é quem dita a regra e Zé Teodoro monta um esquema diferente para encará-lo, explorando suas falhas e defendendo as virtudes. Até agora, porém, a estratégia não rende o esperado.
O Santa Cruz mudou de cara logo após uma temporada vitoriosa. Deixou de jogar fechado e com saída rápida para os contra-ataques para se adaptar rodada a rodada. Na prática, o time demorou para entrar no G4 do Campeonato Pernambucano e acabou eliminado precocemente da Copa do Brasil após a inesperada derrota por 3 a 2 para o Penarol em pleno Arruda.
Um exemplo claro dessa nova postura pode ser retirado do domingo para esta quarta-feira. Ainda que não tenha atuado de maneira brilhante contra o Salgueiro, o time que entrou em campo pelo Estadual contou com uma boa atuação de Sandro Manoel. O melhor em campo com desarmes e passes precisos. Na partida seguinte, porém, ele voltou para o banco de reservas. Diante do Carcará, Léo passou a cumprir a função de meia. Teve até um desempenho razoável e marcou um gol.
Zé Teodoro defendeu publicamente o novo papel desempenhado pelo jogador. Disse que Léo poderia ser o meia que cadencia a partida. O "cara" que falta ao Santa Cruz no meio-campo. Mas, na rodada seguinte, trouxe o atleta de volta para a posição de volante e colocou o criticado Carlinhos Bala ora na armação ora no ataque. Novamente, não deu certo.
A constante variação tática foi defendida por Zé Teodoro sobre o pretexto que o time não pode se tornar previsível. Mas os resultados e a prática apontam para um Santa Cruz sem brilho. Engessado em campo. Com poucas alternativas de jogo. Com uma nova política de contratação que já foi questionada.
O exemplo do ano passado mais uma vez bate à porta. Nem sempre é preciso ter várias facetas nas quatro linhas. Basta ter um proposta fixa e executá-la. Força na marcação e precisão nos contra-ataques. Foi assim que o Santa deixou o inferno da Série D. Foi assim que o mesmo Zé Teodoro virou ídolo.
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