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segunda-feira, 12 de março de 2012

CBF - APADRINHADO


Presidente da FPF, Marco Polo Del Nero é o grande mentor de Marin

Novo mandatário da CBF teve padrinho forte para chegar ao poder

O novo presidente da CBF teve um padrinho forte para chegar ao poder na entidade. Em 2008, José Maria Marin foi indicado pelo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, para assumir a vice-presidência da Região Sudeste. A relação entre os dois e o temor de um possível favorecimento aos paulistas levaram ao racha entre os mandatários de federações. O próprio Del Nero admite a "ciumeira".

"Pode ser até que haja (ciúmes) em um determinado momento, mas o José Maria Marin tem acompanhado como eu administro São Paulo", disse o presidente da FPF. "Certamente ele tem a maneira dele, mas a melhor forma de se administrar é: todos são iguais perante a lei. Da (federação) paulista ao Acre, ao Rio Grande do Sul, todos serão ouvidos da mesma forma", afirmou nesta segunda-feira, logo após o anúncio de Marin. "Então, ele vai dar a mim, às outras federações, o mesmo carinho e a mesma atenção", prometeu.

Na entrevista coletiva concedida ainda no auditório da CBF, logo após o anúncio da renúncia de Ricardo Teixeira, Del Nero usou, por mais de uma vez, expressões como "se ele administrar como eu", ou "na FPF, eu faço assim", como que indicando o caminho ao amigo. Indagado se Marin faria um revezamento com os outros vice-presidentes, respondeu que isto era "opinativo", e não caberia a ele "decidir". "Na FPF, faço algum revezamento, mas isso não quer dizer que ele deva fazer", afirmou.

Del Nero trabalhou fortemente para que Ricardo Teixeira nomeasse Marin para o seu lugar. Ao perceber que havia uma rebelião por parte de sete federações - Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Pará e Minas Gerais -, ainda antes de o ex-presidente pedir licença, defendeu a legalidade - o estatuto determina que o presidente mais velho assuma em caso de renúncia daquele que foi eleito, caso de Teixeira. "Eu sou sempre pelo cumprimento da lei. Se o estatuto (da CBF), aprovado em assembleia, dá as diretrizes, devemos respeitar’’, já avisava Del Nero três semanas atrás.

O próprio Marin entrou em campo para tentar conter a rebelião. Durante o carnaval, telefonou para todos os presidentes de federações estaduais, garantindo a eles que seriam bem tratados quando assumisse a presidência da CBF.

GOVERNO FEDERAL - O presidente da FPF confirmou que já não havia diálogo entre Teixeira e a presidente Dilma Rousseff. "Sei que ele mantinha contato com os órgãos governamentais, no caso o Aldo Rebelo (ministro do Esporte), e as coisas fluíam normalmente. A presidente certamente tinha muita coisa para tratar", afirmou.

Del Nero tentou justificar o afastamento de Teixeira - antes tão próximo de Lula - do Palácio do Planalto. "Pelo que sei, não houve procura do governo federal para manter contato com o Ricardo Teixeira, nem o presidente teve interesse em procurar", disse. "Se ele tivesse procurado uma audiência e não tivesse sido recebido, seria uma coisa, mas ele nunca pediu para ser ouvido".

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